
Como Evitar a Morte Embrionária no Seu Rebanho Leiteiro
Pecuária de Leite | Reprodução | 14 de outubro de 2020A eficiência reprodutiva é um dos componentes mais importantes no desempenho econômico da pecuária de leite. Entretanto, em muitas propriedades, este é um desafio difícil de resolver.
Dados mostram que a taxa de parição após uma única inseminação artificial (IA) seja baixa, por volta de 42% em vacas leiteiras. (STEVENSON et al., 1999 citado por Bergamaschi et al, 2010)
Dessa forma, a maior parte das interrupções de gestação ocorrem ainda na fase embrionária. Muitas vezes são perdas embrionárias precoces, ocorrendo antes dos 17 dias após a cobertura. Quando a perda ocorre nesta fase, não é possível diferenciar uma falha de concepção de uma morte embrionária, pois, em ambos os casos a fêmea retorna ao estro entre 18 a 23 dias após o cio anterior.
Outros dados demonstram a fecundação ocorre na maioria dos casos, (70% ou mais). Todavia, o desenvolvimento a termo do concepto não alcança tais valores. Sendo assim, muitas propriedades podem sofrer com as perdas embrionárias sem que o produtor saiba.
Causas
As perdas embrionárias podem estar relacionadas a diversos fatores, como:
- Temperatura elevada do ambiente, que pode afetar diretamente o desenvolvimento e a viabilidade embrionária. Assim, atuar de forma indireta, modificando o microambiente uterino, necessário à manutenção da gestação;
- Problemas genéticos, também podem levar a morte embrionária em bovinos.
- Outra possível causa são os fatores endócrinos. A elevação nos níveis de progesterona é a responsável pela manutenção da gestação no seu início, quando há situações que levem a baixa produção deste hormônio pode haver perda gestacional.
- Todavia, há ainda aspectos sanitários, existem doenças infecto-contagiosas, como Rinotraquíte Infecciosa Bovina (IBR), a Diarreia Viral Bovina (BVD), a Tricomoníase e a Campilobacteriose podem levar a perdas gestacionais. Porém outras doenças sistêmicas podem potencialmente provocar perda da gestação. Isto pode ocorrer por ação direta do agente no útero ou indiretamente, pela hipertermia materna ou pela produção de toxinas que possam atingir o embrião ou feto.
- As infecções uterinas também são causas de morte embrionária, geralmente no início do desenvolvimento do embrião, quando este chega ao útero.

Como Evitar
Evitar perdas embrionárias requer atenção ao conforto térmico, esquema de vacinação contra doenças infecciosas, observação de retorno ao cio com avaliação de problema endócrino, genético ou sanitário que necessite tratamento.
Em propriedade que realizam Inseminação Artificial, outro cuidado importante é com o sêmen do touro, deve-se conhecer a procedência e qualidade do material.
Para favorecer a fixação embrionária e assim reduzir as perdas gestacionais, a Real H desenvolveu o produto Embrioplus, que é indicado para reduzir a incidência de morte embrionária de vacas, búfalas, éguas, jumentas, cabras e ovelhas.
Recomenda-se para prevenir esta patologia em diferentes técnicas de reprodução – IA (Inseminação artificial); IATF (Inseminação artificial em tempo fixo) e TE (transferência de embriões).
Assim, a administração do produto começa no primeiro dia pós-cio, em receptoras destinadas a TE, e após o ato da Inseminação Artificial ou cobrição por Monta Controlada.
A dose para Vacas/Búfalas/Éguas/Jumentas, é de 15 a 30g/dia, através do suplemento mineral, proteico ou ração, fornece ininterruptamente até completar 60 a 90 dias de gestação.
Para Ovelhas/Cabras, assegurar a ingestão de 5 a 10g/dia, durante os primeiros 20 a 30 dias de gestação.
As doses também podem sofrer alterações a critério do Médico Veterinário.
Literatura consultada
Rui Machado Marco Aurélio C. M. Bergamaschi Júlio C.B. da Silva Mario Binelli. Estratégias para reduzir a mortalidade embrionária em bovinos: II. Protocolo para reduzir a mortalidade embrionária em vacas de leite e em receptoras de embrião. Embrapa Pecuária Sudeste São Carlos, SP 2010

Olá, me chamo Dener Dias e sou jornalista, apresentador de TV, roteirista, escritor, produtor, cantor, músico e compositor. Me formei em Comunicação Social/Jornalismo pela UFMS, gosto de escrever e cantar, principalmente sobre o Pantanal, pecuária e suas peculiaridades. Inclusive, escrevi o livro-reportagem Poeira Branca, no qual falo sobre minha aventura real como peão e repórter em uma viagem de 23 dias como boiadeiro pelo Pantanal da Nhecolândia.
Por quase uma década, apresentei o programa Pecuária Forte, chegando a apresentar cinco horas de programas ao vivo por dia, de segunda a sexta. Além disso, executei a produção geral, reportagem, roteiro e trilha do filme Pecuária Pantaneira, lançado em 2017 e que já ultrapassou 1 milhão de visualizações no YouTube.
Hoje em dia, sou Coordenador de Comunicação Estratégica no Grupo Real H, onde, em 12 anos, já visitei mais de 600 propriedades para entrevistas e gravações de reportagens. Dessa forma, procuro auxiliar as pessoas na escolha do melhor tratamento homeopático e outras soluções no mundo da agropecuária, mostrando relatos e casos de sucesso reais de pessoas que utilizam essa tecnologia.
Atualmente, estou cursando MBA em Digital Business e minha missão aqui no blog é trazer informações confiáveis e contribuir com o uso de tecnologias sustentáveis e eficazes para tirar as suas dúvidas e atender às suas necessidades!


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