Veja a tendência de mais cuidado e menos força na lida para priorizar o bem-estar animal
Confinamento | 2 de julho de 2014Bandeiras no lugar de varas ou chicotes para conduzir o gado, chocalhos em vez de gritos e latidos de cachorro e mangueiras de manejo para reduzir as laçadas. A regra é ter o cuidado acima da força. São técnicas simples, mas que se mostram cada vez mais eficientes na produção de alimentos. As práticas voltadas ao bem-estar convergem com a qualidade da carne desejada pelos consumidores e com a preocupação de reduzir o sofrimento durante o trato e o abate.
Característica marcante no homem do campo, o uso da força fica de lado em propriedades que preconizam a lida não agressiva como estratégia para obter melhores resultados. Estudos dão conta de que práticas de bem-estar reduzem de 5% a 10% as perdas ocasionadas por lesões e hematomas nos animais.
O bom manejo influencia na qualidade da carne, do aspecto até a maciez e o sabor. Sem contar que a sociedade não admite mais que os animais sofram maus-tratos — ressalta Júlio Barcellos, coordenador do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte (Nespro) da UFRGS.
A universidade está fazendo pesquisas na Espanha e na Escócia, em instituições de referência na área, sobre os efeitos de práticas que provocam dor nos bovinos de corte. A ideia é levantar subsídios para auxiliar criadores. O estresse no manejo pré-abate, por exemplo, faz os músculos se contraírem com mais frequência, resultando em carne mais dura e cor escura, diz Barcellos. A sanidade e o bem-estar têm reflexo também na taxa de conversão, acelerando o ganho de peso e, consequentemente, o tempo de abate.
No caso de ferimentos causados no campo ou no transporte até os frigoríficos, os prejuízos são contabilizados quando o pagamento é feito pela carcaça dos animais. Partes machucadas da carne são descartadas pelo frigoríficos, reduzindo o rendimento e o valor pago aos criadores.
— Boas práticas devem ir do início da produção ao final do abate, com a organização do setor como um todo — defende Carlos Simm, presidente do conselho técnico operacional de pecuária de corte do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).
Na Estância Querência, em Lavras do Sul, os investimentos em bem-estar animal estão concentrados no treinamento da mão de obra que atua na lida do campo. Administrada por Yara Suñé, 38 anos, a propriedade adotou práticas para melhorar a produção de hereford e braford.
— Antigamente, era tudo no grito e com cachorros nas mangueiras — diz Yara, engenheira agrônoma que chegou a ver um funcionário matar um terneiro a pauladas na cabeça para fazê-lo andar no brete.
Há quase 10 anos, a pecuarista passou a usar bandeirolas e chocalhos para conduzir animais, evitando ferimentos causados por varas pontiagudas e estresse por gritaria. Com mangueiras de manejo, reduziu o uso de laço em terneiros e afastou os cachorros do rebanho:
— Tínhamos de 2% a 3% dos animais machucados em razão do laço. Treinamos os funcionários para que entendessem que o bom campeiro não é aquele que usa a força.
Ao criar animais mais mansos, Yara consegue preços maiores na venda para criadores e mais rentabilidade nas carcaças negociados com frigoríficos. (Fonte: Jornal Zero Hora/ BeefPoint).

Olá, me chamo Dener Dias e sou jornalista, apresentador de TV, roteirista, escritor, produtor, cantor, músico e compositor. Me formei em Comunicação Social/Jornalismo pela UFMS, gosto de escrever e cantar, principalmente sobre o Pantanal, pecuária e suas peculiaridades. Inclusive, escrevi o livro-reportagem Poeira Branca, no qual falo sobre minha aventura real como peão e repórter em uma viagem de 23 dias como boiadeiro pelo Pantanal da Nhecolândia.
Por quase uma década, apresentei o programa Pecuária Forte, chegando a apresentar cinco horas de programas ao vivo por dia, de segunda a sexta. Além disso, executei a produção geral, reportagem, roteiro e trilha do filme Pecuária Pantaneira, lançado em 2017 e que já ultrapassou 1 milhão de visualizações no YouTube.
Hoje em dia, sou Coordenador de Comunicação Estratégica no Grupo Real H, onde, em 12 anos, já visitei mais de 600 propriedades para entrevistas e gravações de reportagens. Dessa forma, procuro auxiliar as pessoas na escolha do melhor tratamento homeopático e outras soluções no mundo da agropecuária, mostrando relatos e casos de sucesso reais de pessoas que utilizam essa tecnologia.
Atualmente, estou cursando MBA em Digital Business e minha missão aqui no blog é trazer informações confiáveis e contribuir com o uso de tecnologias sustentáveis e eficazes para tirar as suas dúvidas e atender às suas necessidades!


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